Os lagos assemelham-se aos depósitos de resíduos de Mariana (MG), que romperam recentemente, causando uma grande tragédia.
(Foto/divulgação: o imparcial) |
Uma “lagoa vermelha” quase do tamanho da Lagoa da Jansen existe próximo à BR-135, área industrial de São Luís. Trata-se de um depósito de resíduos de bauxitas de uma grande empresa de produção de alumínio, localizada na capital. A lama vermelha, resíduo da indústria de beneficiamento do alumino, é gerada a partir do refino da bauxita para produção de alumina (Al2O3) através do processo Bayer.
"Lagoa vermelha em São Luís" |
A empresa Alumar acumula uma volumosa quantidade de rejeitos, nas chamadas “lagoas de lama vermelha”, fruto do processo de redução de bauxitas. As lagoas de resíduos de São Luís estão em operação desde que a multinacional instalou-se em São Luís nos anos 1980, no governo João Castelo, fruto do consórcio entre Alcoa (EUA), HPP Billiton (Grã-Bretanha), Alcan (Canadá) e Albaco (EUA/Austrália), apesar de nunca ter acontecido acidentes ambientais o deposito já sofreu várias denunciada por entidades ambientais por conta dos riscos.
De acordo com o doutor em saneamento sanitário Lúcio Macêdo, se caso houvesse um rompimento ou vazamento desta “lagoa de lama” poderia gerar diversos problemas para o meio ambiente. Uma vez que nestes resíduos possuem substâncias como chumbo, mercúrio, cádmio, níquel, zinco, soda caustica e alumínio.
"Lagoa vermelha em São Luís" |
Quanto ao risco para a vida humana, ele esclarece que se caso houvesse comunidades no entorno da “lagoa de lama”, as pessoas teriam prejuízos para a saúde. Problemas relacionados ao sistema nervoso, problemas gástricos e todo o solo afetado teria que ser esterilizado.
“Mas não há esse risco, pois as comunidades próximas estão a 3 km de distância, então o risco é zero. Mesmo assim é necessário ser coletado amostras do solo para verificar se está tudo dentro dos parâmetros legais”, explicou.
Entramos em contato com a assessoria da Alumar, por meio de telefone e e-mail e até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta.
Fonte: O imparcial
Por: Marcelo Moreira