A situação ainda repercute em Bragança echama a atenção da Imprensa Estadual. O caso foi registrado nesta terça e a "mãe" devidamente qualificada pode responder por infanticídio ou ser absolvida pela justiça. Mas a questão de tentar ocultar o corpo do recém nascido pode agravar sua situação diante das autoridades.
Vizinhos teriam observado as movimentações estranhas na residência onde o caso ocorreu. A "mae" foi identificada como sendo Marta de 23 anos de idade. Seria o terceiro filho, porém, indesejado pela suspeita.
NÃO É O PRIMEIRO CASO: A cidade de Bragança, distante de Belém a 210 quilômetros, teve um caso semelhante há quase quatro anos. Na rua Beijamin Constant, no Bairro do Riozinho, a filha de uma professora teria dado a luz a uma criança. Ao nascer, a criança teria sido asfixiada e morta.
Do banheiro da casa, o corpo foi enrolad
o em peças de roupas e colocado em sacos de lixo e jogado em local de deposito de lixo doméstico. Na época, estive no caso e a mãe, que não chegou a ser presa, chegou a ser ouvida pela justiça e trocado de endereço.
O corpo da criança, do caso Riozinho, foi localizado por coletores do Lixao e removido ao IML em Castanhal. O período prós parto teria evitado que a "mãe" assassina fosse para cadeia.
Neste novo caso, a mãe teria sido auxiliada por uma suposta amiga e depois de ter dado a luz, teria matado de forma semelhante ao caso do Riozinho seu bebê e enterrado no quintal da casa onde mora com sua possível avó, no bairro Perpétuo Socorro. Vizinhos teriam desconfiado das ações das supostas duas envolvidas, a mãe e uma amiga.
O dia nebuloso em Bragança ganhou proporções inimagináveis quando a mãe assassina foi pressionada por vizinho e em estado de desespero desenterrou o corpo do bebê. Cabo PM Mendes e sua Guarnição foram as primeiras autoridades a chegarem ao endereço.
Além da PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e uma equipe do Centro de Perícias Renato Chaves, núcleo Bragança, foram para o local. O corpo da criança foi encaminhado para Castanhal.
O objetivo é saber as circunstâncias de sua morte. Nenhuma hipótese é descartada pelas autoridades polícias, desde asfixia a agressão física como socos e choque contra parede. Enquanto o corpo da criança era removido, a mãe assassina era encaminhada sob escolta policial para um hospital da cidade.
Marta de 23 anos deve ser ouvida a qualquer momento. Ela permanece internada e seu estado de saúde seria estável. Ela está consciente e continua em observação.
A polícia tenta chegar a suposta amiga, até agora não identificada, para esclarecer o que realmente teria levado a suspeita a praticar o crime. Dias antes do chocante acontecimento, já sendo questionada por vizinhos, a mãe alegava está doente e escondia a gestação de todos.
As autoridades policiais que presidem as investigações esperam concluir os trabalhos para conceder entrevista à Imprensa.