Três vezes mais comum nos homens, os tumores na
cavidade oral representam o quinto tipo de câncer mais comum entre os
brasileiros, com 14,7 mil novos casos previstos para 2018, matando mais de
quatro mil brasileiros por ano. As estimativas são do Instituto Nacional de
Câncer (Inca). Desse total de diagnósticos, 70% a 80% ocorrem em fase mais
avançada da doença, resultando em pior qualidade de vida, maiores taxas de
morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação e maior complexidade no
tratamento e na reabilitação do paciente.

O
Brasil tem a 3ª maior incidência de câncer bucal do mundo, atrás apenas da
Índia e da antiga Tchecoslováquia. Segundo um levantamento do SEER,
do Ministério da Saúde dos Estados Unidos, a sobrevida em cinco anos é
realidade para mais de 80% dos pacientes quando descobrem a doença no estágio
mais inicial. Se há metástase, esta taxa cai para 20%.
O
câncer de boca é causado por diversos fatores em conjunto, e hábitos como fumar
e/ou consumir de bebidas alcoólicas aumentam as chances. “Além deles, nos
últimos anos, aumentou a incidência da doença associado ao vírus sexualmente
transmissível HPV por meio do sexo oral. Nos lábios, a exposição aos raios UVA
e UVB, sem o uso de um protetor solar adequado, também é fator de risco extra.